fig. 1.1 - Nicolaus Steno |
Dinamarquês, de Copenhaga, completou o ensino universitário e viajou pela Europa, especializando-se na anatomia e geologia. É considerado o pai da estratigrafia, definindo os três princípios da estratigrafia.
Steno foi o primeiro a definir o estrato como uma unidade de tempo, limitado por superfícies horizontais com continuidade lateral, de sedimentos consolidados.
Implantou o princípio da sobreposição de estratos segundo o qual numa sucessão de estratos, as unidades mais recentes estão por cima e as mais antigas por baixo, permitindo ordenar os materiais cronologicamente (fig. 1.2).
Implantou o princípio da sobreposição de estratos segundo o qual numa sucessão de estratos, as unidades mais recentes estão por cima e as mais antigas por baixo, permitindo ordenar os materiais cronologicamente (fig. 1.2).
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fig. 1.2 - Principio da sobreposição de estratos. |
Existem exceções a este princípio que se deparam nos terraços aluviais, nos filões que intersectam unidades sedimentares, nos depósitos em cavidades cársicas. (fig. 1.3).
A: terraços aluviais encaixados: ordem de formação : 1, 2 e 3; B: escoadas vulcânicas, 1: de plataforma (mais antigas), 2: de vale (mais recente), C: filões, o mais elevado topograficamente (1) é o mais antigo, segundo a autora do artigo “Fundamentos da Estratigrafia”, Maria Helena Paiva Henriques, 2002.[1]
Descobriu que inicialmente os estratos se depositam horizontalmente e que as superfícies de estratificação são e sempre foram lateralmente contínuas, constituindo o principio da horizontalidade original (fig. 1.4) e da continuidade lateral dos estratos (fig. 1.5). Considerou também que quando um estrato se está a formar os subjacentes estão a ser consolidados.
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fig. 1.4 - Princípio da horizontalidade original |
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fig. 1.5 - Princípio da continuidade lateral |
O seu trabalho sobre os dentes de tubarão em comparação com fósseis encontrados (fig.1.6) levou-o a concluir que o registo fóssil é uma cronologia dos seres vivos de épocas diferentes, sendo uma condição essencial para a Teoria da Selecção Natural, de Darwin.
fig. 1.6 - Comparação de um dente de tubarão com um dente de fóssil (1667). |
Outro princípio conhecido como a Lei de Steno, afirma que os ângulos entre faces correspondentes de cristais são os mesmos para todos os espécimes do mesmo mineral (fig. 1.7).
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fig. 1.7 - Desenhos de Steno de vários cristais de quartzo e hematite , ilustrando a consistência dos ângulos no meio de cristais de diferentes hábitos. |
Nicolaus Steno foi um cientista e um religioso porque via a presença de Deus na racionalidade do mundo e o seu trabalho como cientista ao desvendar essa racionalidade, revelava os mecanismos divinos, usando por vezes comparações cientificas para explicar realidades espirituais.
Referências Bibliográficas:
- Vera Torres, J.A. (1994) - Estratigrafia, principios y metodos, Ed. Rueda, Madrid, 5 pág.
- Página consultada a 26 de Novembro, <https://woc.uc.pt/dct/getFile.do?tipo=2&id=695>
- University of California Museum of Paleontology (s.d.), "Nicolaus Steno". Página consultada a 18 de Dezembro de 2011, <http://www.ucmp.berkeley.edu/history/steno.html>
- Wikipedia, The Free Encyclopedia (2011), "Nicolas Steno". Página consultada a 19 Dezembro de 2011, <http://en.wikipedia.org/wiki/Nicolas_Steno>
- Figuras:
- http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/97/Stenoshark.jpg
- http://bg11e.blogspot.com/2010/03/os-fosseis-e-reconstiruicao-do-passado.html
- http://paleozona.blogspot.com/2008/10/estratigrafia-stratum-e-graphia-cincia.html
- http://anarita7-turma13.blogspot.com/2010/04/principios-da-continuidade-lateral.html
- http://xa.yimg.com/kq/groups/25309279/1645948518/name/Estratigrafia-parte+1.pdf
- https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZYoVODATGquvftVnxpumrDeckjVWc7IP8UsQNBovSx13phcaUgfDE79soyTEQDAotSS0Qpzz4P4Zc9EVufgiprKleccdFhZbFFsQQTFL56XpbF7P6ZWxcouvmRRAV7K2unJCGWQaJjpw/s1600-h/clip_image001.gif
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